segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os padres dispensam o poder salvador do Sangue de Cristo

“Podemos entender porque Catarina, embora consciente das carências humanas dos padres, sempre teve uma grandíssima reverência por eles: dispensam, através dos Sacramentos e da Palavra, o poder salvador do Sangue de Cristo.”

- Papa Bento XVI, Catequese sobre Santa Catarina de Sena
24 de novembro de 2010

Nós, cristãos, assim como Santa Catarina, temos consciência das carências humanas dos sacerdotes. Mas elas não devem jamais constituir-se barreiras que impeçam o devido respeito para com eles. E por quê? Porque são eles que “dispensam, através dos Sacramentos e da Palavra, o poder salvador do Sangue de Cristo”. E não é um poder simbólico, não é um poder no sentido “figurativo”. Ora, Cristo, ceando com seus discípulos, ordena-lhes que celebrem a Eucaristia em sua memória. E a Eucaristia é a celebração do próprio Sacrifício de Cristo, do Cordeiro que é imolado por cada um de nós. Com efeito, a mensagem da Cruz não acaba com a crucificação de Nosso Senhor. Nos altares de nossas igrejas o próprio Jesus é novamente vítima da expiação pelos nossos pecados. E é o sacerdote – “alter Christus” – que celebra este grandiosíssimo mistério. É também o ministro ordenado que recebe do próprio Filho de Deus o poder de perdoar pecados. “Recebei o Espírito Santo”, diz Nosso Senhor. “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20, 23). Com efeito, não é uma missão confiada “a qualquer um”. Jesus, quando institui os sacramentos da Eucaristia e da Penitência, está reunido com os seus discípulos mais próximos, com os apóstolos.

Por isso, diz Santo Ambrósio, “a dignidade sacerdotal é neste mundo a mais alta de todas as dignidades”. São Francisco de Assis afirma: “Se eu visse um padre, primeiro ajoelharia diante do padre, e depois diante do anjo”. Quanta reverência para com os sacerdotes os santos nos ensinam a cultivar! E quantas vezes temos ousado dizer que o ofício sacerdotal é um como qualquer outro, ou que o padre é um ser humano comum, como qualquer um de nós e que, por este motivo, não seríamos obrigados a respeitar-lhe e reverenciar-lhe. “Ó venerável dignidade a dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna como encarnou no seio da Virgem!”, exclama o piedoso Santo Agostinho. Quanta tolice deixar de considerar a grandeza deste ofício, pelo qual nós, os pecadores, recobramos a graça de Deus e nos alimentamos do Pão da imortalidade!

Demos graças todos os dias a Deus pelo sacerdócio, dom de cuja riqueza toda a Igreja se nutre. E que a Santíssima Virgem Maria seja modelo de humildade, obediência e fidelidade para os sacerdotes do nosso século.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!


Everth Oliveira


Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/9698/Artigo-de-Everth-Oliveira-Os-padres-dispensam-o-poder-salvador-do-Sangue-de-Cristo

Anunciadores apaixonados

Anunciadores apaixonados

Há quem tenha medo das novas tecnologias. Porém, o problema, seguramente, não são as novas tecnologias. O grande problema é o que se traz no coração, para que esse conteúdo seja positivo, iluminado pela Palavra e, assim, se comunique com os demais. Por isso o Papa Bento XVI, na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações, afirmou que os sacerdotes (e, por conseguinte, todos os agentes de pastoral) deveriam ser anunciadores apaixonados da Palavra.

Perceba: não simples anunciadores, mas apaixonados, porque somente assim quem receber o conteúdo dessa comunicação se dará conta de que naquela Palavra estão as razões de sua vida.

A Igreja, com suas atividades e também com sua comunicação, deve se comunicar com o homem de hoje, a mulher de hoje, que caminha no mundo, que são amados por Deus, e lhes comunicar essa verdade: que Deus os ama apaixonadamente. Acredito que hoje essa é a grande mensagem que a Igreja precisa comunicar ao mundo: a ternura de Deus para com o outro. O mundo carece dessa experiência de amor gratuito e incondicional.

Mas como fazer isso se o comunicar não tiver experimentado primeiro dessa ternura? Como falar daquilo que não se conhece? É por esse motivo que, embora seja necessário investir na capacitação técnica para atuar nesses meios, nessa nova cultura, a Igreja precisa, igualmente, cuidar da espiritualidade de seus agentes.

De fato, a capacitação técnica é um dos grandes desafios para o crescimento da comunicação eclesial, pois não cabe aqui amadorismos. Mas nos meios de comunicação da Igreja a espiritualidade do comunicador e o trabalho de unidade na diversidade são outros dois pontos essenciais e igualmente desafiantes.

Unidade na diversidade

O presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social da CNBB, o Arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta, destacou no Encontro Nacional da Comunicação, realizado no Santuário de Aparecida, em julho de 2010, destacou que o profissional de comunicação na Igreja deve ter capacitação técnica, porém precisa, especialmente, ter uma profunda espiritualidade e uma visão de Igreja que possibilite a partilha, a ajuda mútua e a unidade.

O Arcebispo manifestou a sua preocupação com o trabalho em unidade, pelos diversos serviços e carismas na Igreja. Esse é, segundo ele, o nosso grande desafio interno. “Devemos pensar como poderemos trabalhar juntos, valorizando a diversidade, porque não existe um modo de pensar único. Temos, portanto, como grande desafio o trabalhar sentindo com a Igreja, unido um com o outro, valorizando a diversidade.”

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por Andréia Gripp Missionária da Comunidade de Aliança Shalom


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