segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Anunciadores apaixonados

Anunciadores apaixonados

Há quem tenha medo das novas tecnologias. Porém, o problema, seguramente, não são as novas tecnologias. O grande problema é o que se traz no coração, para que esse conteúdo seja positivo, iluminado pela Palavra e, assim, se comunique com os demais. Por isso o Papa Bento XVI, na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações, afirmou que os sacerdotes (e, por conseguinte, todos os agentes de pastoral) deveriam ser anunciadores apaixonados da Palavra.

Perceba: não simples anunciadores, mas apaixonados, porque somente assim quem receber o conteúdo dessa comunicação se dará conta de que naquela Palavra estão as razões de sua vida.

A Igreja, com suas atividades e também com sua comunicação, deve se comunicar com o homem de hoje, a mulher de hoje, que caminha no mundo, que são amados por Deus, e lhes comunicar essa verdade: que Deus os ama apaixonadamente. Acredito que hoje essa é a grande mensagem que a Igreja precisa comunicar ao mundo: a ternura de Deus para com o outro. O mundo carece dessa experiência de amor gratuito e incondicional.

Mas como fazer isso se o comunicar não tiver experimentado primeiro dessa ternura? Como falar daquilo que não se conhece? É por esse motivo que, embora seja necessário investir na capacitação técnica para atuar nesses meios, nessa nova cultura, a Igreja precisa, igualmente, cuidar da espiritualidade de seus agentes.

De fato, a capacitação técnica é um dos grandes desafios para o crescimento da comunicação eclesial, pois não cabe aqui amadorismos. Mas nos meios de comunicação da Igreja a espiritualidade do comunicador e o trabalho de unidade na diversidade são outros dois pontos essenciais e igualmente desafiantes.

Unidade na diversidade

O presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social da CNBB, o Arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta, destacou no Encontro Nacional da Comunicação, realizado no Santuário de Aparecida, em julho de 2010, destacou que o profissional de comunicação na Igreja deve ter capacitação técnica, porém precisa, especialmente, ter uma profunda espiritualidade e uma visão de Igreja que possibilite a partilha, a ajuda mútua e a unidade.

O Arcebispo manifestou a sua preocupação com o trabalho em unidade, pelos diversos serviços e carismas na Igreja. Esse é, segundo ele, o nosso grande desafio interno. “Devemos pensar como poderemos trabalhar juntos, valorizando a diversidade, porque não existe um modo de pensar único. Temos, portanto, como grande desafio o trabalhar sentindo com a Igreja, unido um com o outro, valorizando a diversidade.”

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por Andréia Gripp Missionária da Comunidade de Aliança Shalom


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