quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Sentinelas da manhã: protagonistas da cultura de Pentecostes

Vivemos este ano um grande sonho de Deus para o Brasil e para o mundo. Temos
experimentado o grande derramar do Espírito Santo, presente de Deus que partiu daqui sem destino certo.
Fomos anfitrões da juventude católica na JMJ Rio 2013. Pessoas de todos os lados  vieram beber da espiritualidade vivenciada no Brasil.
Para esta grande festa, por cerca de 2 anos, nos preparamos enquanto Igreja. A CNBB lançou a campanha da fraternidade 2013 que teve como foco Fraternidade e Juventude, trazendo a resposta de Isaías ao chamado do Senhor "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6,8).
Frente ao despojamento de nos entregarmos nas mãos do Senhor, obviamente, Ele  nos impulsiona a missão e nos diz como pudemos ouvir incessantemente na JMJ: "Ide e fazei discípulos entre todas as nações" (Mt 28,19). O Senhor não coloca limites, ao contrário, nos chama a nos lançarmos mais e mais longe, rumo à vontade D'Ele.
Com base nesta bela história de chamados e respostas, há a necessidade de  tornarmos sólida nossa vocação. Desta forma, entre os dias 8 e 10 de novembro no EAJ – Encontro Arquidiocesano de Jovens – , estaremos vivendo as moções, nos dispondo a Deus em um "sim" concreto que seja palavra-ação, nos assumindo como Sentinelas da manhã, como os protagonistas da cultura de Pentecostes, como aqueles que esperam confiantemente a chegada do Sol que é Jesus Cristo e que trabalham incessantemente para que ela se apresse.

Fernanda de Souza Pinto
Coordenadora do Ministério Jovem da RCC – Arquidiocese de Juiz de Fora

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Deixar-me ser moldado por Deus ou moldar um deus para mim?


    Parece uma pergunta boba, mas ela pode nos levar a uma profunda reflexão... Bora refletir e rezar um pouco?!
    Provavelmente você conhece várias pessoas (caso você também não seja uma  delas, rsrsrs) que sempre estão impondo condições para a ação de Deus em suas vidas. Pode parecer engraçado, mas não são poucas as situações em que falamos para Deus como Ele deve agir, quem são as pessoas que Ele tem que trazer para perto de nós, o que deve acontecer nas nossas vidas e que, se não for assim, não vai ser legal para nós... O fato é que esses pensamentos são perigosos. Quando as coisas não começam a acontecer de acordo com as nossas vontades, muitos abrimos a boca e falamos “Deus não olha pra mim” ou “Deus só pode estar de palhaçada, EU merecia isso ou aquilo...” e para conseguir o que tanto desejamos, começamos a traçar caminhos não aconselháveis e pronto... Temos um deus moldado às nossas vontades! Isso não é ser de Deus!!!!
    Está aí o problema: ser de Deus... “Eu vou rezar... mas primeiro tenho que estudar, ver minha novela, ir trabalhar, primeiro vou formar na faculdade, vou estabilizar minha vida...”. Muitos não são capazes de se entregar nas mãos do Oleiro e, assim, serem modelados. Deus não tem sido a nossa primeira opção e quando alguém nos alerta da nossa situação surge a velha desculpa: “Estou sem tempo, a vida está muito corrida, né?!”. Realmente, não estamos tendo tempo para Deus, temos tempo até para a novela, para ir ao bar beber, mas para Deus que é bom nada! SE LEVANTE! SE MEXA! Saia desta “vidinha” e venha experimentar como é bom ser conduzido por Deus! Deixe Deus te moldar!!!!
    Não é fácil largar as nossas vontades, dizer “não” quando todos dizem “sim”, nadar contra a maré... Lembre-se Deus está com você! Ele é nosso porto seguro, é Ele quem nos carrega quando acabam nossas forças, foi Ele quem morreu na cruz por nós! Quando nos deixamos ser levados por Deus, experimentamos de um Amor sem igual e, quase que imediatamente, queremos experimentar de novo, pois só Ele pode saciar a nossa sede. E experimentado esse amor vamos percebendo o tanto que somos pequenos e, assim, aos poucos, vamos abrindo mão de coisas que dávamos mais valor do que mereciam, começamos a amar melhor nossos irmãos em todos os sentidos: nos tornamos amigos, filhos, irmãos, namorados melhores! Basta nos entregarmos a Cristo, deixar que o Espírito Santo faça as mudanças, que Ele acha necessárias, em nós!
    Convido você a rezar comigo e, assim, começarmos a ser moldados por Deus... Senhor, venho, humildemente, apresentar-me a Ti. Tu sabes, melhor do que eu mesmo, que ando afastado de Ti, sabes bem que eu quis fazer apenas as minhas vontades e não as Tuas, que tomei atitudes sem saber se eram da sua vontade e, por isso, te peço perdão. Quero hoje ser um homem novo, um homem que se deixa ser moldado pelo seu Amor. Quero ser vencido por Ti, quero perder a batalha que meu ego trava Contigo todos os dias, quero ser apenas Seu. Com a Tua voz rasga o meu coração e arrasta-me a Ti Senhor. Vem com o Teu Amor restaurar-me, vem com o Teu poder me moldar! Sei, meu Deus, que só preso a Ti eu serei livre para amar! Amém.     
 
Caio Valente Gomes
Missionário do Ministério Jovem RCC - Juiz de Fora/MG

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Castidade e o Amor

As pessoas sofrem sérias conseqüências espirituais, físicas e emocionais, com a vivência, compreensão e propagação deturpada do amor e com a falta da castidade.A falta de conhecimento do que é de fato o amor segundo a vontade de Deus e a castidade e de que ambos estão interligados, faz com que amar se torne algo raro e essa área que é tão importante na vida, fique defasada, vazia, confusa ou sem significado.Todas as pessoas sentem naturalmente um desejo profundo de encontrar o amor verdadeiro, mas nenhum cristão em sã consciência deveria se permitir viver um amor que não é conforme a vontade de Deus.Para conhecer e viver o amor verdadeiro, no plano de Deus é preciso a vivência da castidade!O Papa João Paulo II, em seu livro “Amor e Responsabilidade”, afirmou: “A castidade não pode ser compreendida sem a virtude do amor. Apenas o homem casto e a mulher casta são capazes de amar verdadeiramente.”A vivência da castidade é sempre necessária, independe do estado de vida da pessoa, o solteiro é chamado a viver em continência, o casado em castidade conjugal e o leigo consagrado ou religioso em celibato.Castidade não significa virgindade, existiram muitas pessoas que infelizmente perderam a virgindade antes do casamento, mas que conseguiram depois alcançar a santidade, com o arrependimento e a mudança de vida. A castidade é uma virtude, que faz ver e tratar a si mesmo e as outras pessoas como Deus deseja, com transparência nos atos, em amor verdadeiro. Santo Agostinho em seu livro “Confissões”, afirmou: A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade.”A castidade não é repressão e puritanismo, pelo contrario viver em castidade é ser livre da atitude utilitarista, que é de ver a outra pessoa como algo a ser usado que só é útil enquanto traz prazer.No entanto, sem a prática da castidade pelos atos, pensamentos e palavras, perde-se a responsabilidade pelo próprio corpo e pelo corpo do próximo.Sem o respeito e dignidade pelo corpo, que é templo do Espírito Santo, torna-se praticamente inviável alcançar a capacidade de ser e fazer alguém feliz no amor.É necessária a plena consciência, que o corpo não é objeto, mas instrumento de amor.Um grande esforço deve ser feito continuamente, utilizando principalmente do sacramento da confissão e da comunhão, assim como do jejum e da oração, para viver a virtude da castidade e conseqüentemente viver o amor.Para amar e viver em castidade, é preciso fazer bem a pessoa amada, mas amaratualmente é algo raro com a deturpação do seu significado, principalmente através dos meios de comunicação, que induzem o tempo todo que a pessoa é objeto de uso e não de amor.Deus não criou o homem e a mulher para viver o prazer dissociado do amor, mas deseja que vivam a união sexual, com amor e prazer unidos, no momento certo que é no matrimônio, porque só ali ambos são capazes de se entregarem mutuamente como um dom de Deus para o outro, preservando todas as características do amor verdadeiro, que deve ser livre, total, fiel e fecundo.O sofrimento do ser humano por não conseguir viver o amor verdadeiro, ocorre devido a depreciação de si mesmo e dos outros, como um mero estimulante para uma sexualidade desregrada, da vida em luxúria e no utilitarismo, que é o contrario do amor.A vivência da castidade é a cura para todos esses males, ela funciona e faz felizes e libertos, todos que a praticam.

Juliana Gonçalves dos Santos

É entre outras coisas estudiosa da Teologia do Corpo de João Paulo II
E oferece um curso de introdução gratuito a distância aqui.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Voc-Ação

Recebi a palavra de Javé que me dizia:
"Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci; antes que você fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações".Mas eu respondi: "Ah, Senhor Javé, eu não sei falar, porque sou jovem".Javé, porém, me disse: "Não diga 'sou jovem', porque você irá para aqueles a quem eu o mandar e anunciará aquilo que eu lhe ordenar.Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo - oráculo de Javé".Então Javé estendeu a mão, tocou em minha boca e me disse: "Veja: estou colocando minhas palavras em sua boca.Hoje eu estabeleço você sobre nações e reinos, para arrancar e arrasar, para demolir e destruir, para construir e plantar".
(Jeremias 1, 4-10) 
Quem nunca se sentiu provocado pelas palavras de Deus dirigidas a Jeremias no antigo testamento que atire a primeira pedra! Principalmente na juventude surge em nosso coração um desejo profundo de corresponder ao chamado interior que há em nós.
Todo Jovem é por natureza profeta, é questionador das estruturas, quer mudar, quer transformar, na juventude brota no coração a aventura e o desejo da liberdade e da verdade.
A juventude é o despertar, o desabrochar da vocação, desejada por Deus desde o princípio. Vocação. Tá aí uma palavra que é capaz de colocar medo até nos mais corajosos: Casado, celibatário, sacerdote, médico, arquiteto, professor? O que meu Deus? Afinal são tantos os caminhos e as oportunidades.
Originalmente a palavra Vocação tem o mesmo radical da palavra voz, ou seja, é um chamado, algo que nos excede que está acima de nós. É Deus quem chama. Afinal toda vocação é boa, mas nem toda vocação é a MINHA vocação.
E nesta descoberta é preciso então a coragem de ouvir o que Deus quer. E você me pergunta: mas e se Deus não quiser o que eu quero? Só há uma resposta a dar a esta questão, é impossível amar a Deus se eu quero decidir sozinho o que é melhor para a minha vida.
Ser verdadeiramente cristão consiste no desafio de aceitar a vida como dom, mas perceber que ela é também uma tarefa a ser realizada, Deus quando me desejou e sonhou tinha já um projeto. E é agora, na juventude que ele quer trocar uma ideia comigo sobre esse projeto original dele, a luz do que eu vivi, sou e acredito. É preciso coragem, é preciso silenciar, é preciso coração aberto para este diálogo. Preciso ser livre, ir libertando-me e sendo liberto por Cristo.
Ser verdadeiramente livre é pode optar sempre pelo melhor, por aquilo que é querer de Deus. É poder optar pela santidade diuturnamente, para isto é preciso então criar um caminho que me liberte dos meus condicionamentos interiores (mas eu queria, eu sonhava, mas e aquele pecado, e aquele trauma...) e também exteriores (família, trabalho, estudo, realidade...). Libertação esta que é caminho a ser trilhado, e antes de ser um "libertar-se de", é na verdade um "libertar-se para".
Logo ainda que hoje a minha vontade seja contrária a de Deus, Ele saberá conduzir o meu coração.(E no final sabemos quem vai vencer a batalha). E este diálogo vai frutificar na minha felicidade, no sentido pleno e definitivo da minha vida e existência: o louvor, a reverência e o serviço a Deus.
Mas para ouvir essa Voz é preciso se por a caminho, é preciso Agir. Afinal é Voc+Ação (tá essa brincadeira só rola em português mas façamos dela uma desculpa para que Deus nos transforme)! Coloque-se a caminho! Tenha coragem! Cristo hoje quer tocar o seu coração e revelar os seus projetos. Creia! Coloque-se em oração! Coloque-se em Missão! Deixe Aquele que te ama se comunicar a sua alma!
Tens coragem?
Então vá para o seu quarto, tome a palavra, silencie e reze, Deus quer falar contigo hoje!

Rafael Rosa
Missionário do Ministério Jovem da Arquidiocese de Juiz de Fora-MG
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